sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ebós Oferendas e sacríficios

Nos mais antigos tempos da raça humana, as pessoas tentavam barganhar; negociar com  as suas Divindades, através dos sacrifícios. Não sendo indiferentes as dificuldades da vida, era fácil entender que o sacríficio era algo que um Deus apreciaria ( a palavra sacríficio, significa: " SACRO OFÍCIO "  ou seja: trabalho sagrado ou trabalho dos Deuses ). Para uma Divindade protetora do rebanho de cabras por exemplo, era apropiado sacrificar o mais perfeito cabrito ou carneiro. Para o Deus do plantio de inhame, era apropiado o maior e mais perfeito inhame da colheita. Todas as Divindades apreciavam alimentos, pois se acreditava que viviam na parte espiritual dos mesmos- o grande espírito ancestral da terra. Como apenas a energia espiritual do alimento, fosse para o Deus ofertado, a tribo não só podia, como deveria comer a  oferenda. Compartilhar com seus irmãos, do alimento sagrada junto a Divindade. Com o tempo, os antigos sacerdotes puderam perceber qual era a oferenda mais indicada, para se conseguir o fim que se esperava, o mais rapídamente possível. Na verdade a idéia em que se baseia o sistema de oferendas, vem de um sistema de escrita, que como toda linguagem, possui fundamentalmente o objetivo de transmitir mensagens ( neste caso, "sacro ofício"- sacríficio, era a mensagem destinada exclusivamente aos Deuses ). Vejamos melhor estes conceitos: Apesar da ciência dita "oficial" , afirmar que os antigos Negros não possuiam nenhum sistema de escrita, o que os caracterizava como algo próximo aos animais, na verdade, os antigos Africanos da raça Negra, possuiam sim, não um , mas vários sistemas de escrita, como o sistema ideográfico ( símbolos visuais capazes de transmitir idéias, como por exemplo: as onifás do Oráculo de Ifá ) e entre outros, utilizavam-se muito de um sistema chamado escrita fonológica, um exemplo bem claro está no aròkó Iorubá, um sistema complexo utilizado por líderes militares, Reis e príncipes, o qual se consistia de arranjos de búzios e determinadas penas que construiam, às vezes uma representação silábica e portanto fonológica das palavras. A escrita fonológica representa graficamente os sons da linguagem ( fonemas ou sílabas ) e não envolve a prática das oferendas ( sacr´ficios) dentro da cultura Iorubá, está intimamente ligado a idéia da escrita fonológica, como veremos; TODA OFERENDA É SEMPRE UMA TRANSMISSÃO DE MENSAGEM, ATRVÉS DE PENSAMENTOS, SONS E ELEMENTOS MATERIAIS, seja estes elementos unidos ou separados. Dentro do sistema de oferendas os Ofòs ( encantamentos ) dos materiais, diziam os antigos sacerdotes que cada pensamento de um Orí ( cabeça física e espiritual ) têm um som especial, o qual equivale a uma forma; com pensamento, som e movimento, aquele que conhecesse a técnica , poderia quebrar ossos, provocar incêndios, destruir orgãos de um inimigo e também curar os doentes e fazer grandes benefícios. Um nome  ( pensamento e som ), poderia ser uma palavra mortal, principalmente se acompanhada de seu elemento físico ( oferenda ), em seu pensamento, som, forma e movimento. Por isto é importante perceber, o quanto pode ser díficil e ao mesmo tempo importante, a prática correta de uma boa oferenda, para que tenha-se um resultado final e objetivo no que se busca. Que os bons pensamentos, sejam nossa oferenda inicial aos Orísás da sabedoria, que Orunmilá, nos oriente a cada dia somar mais e mais conhecimentos espirituais e a desenvolver o bom carater, até porque só ganha presentes o que merece, QUE SEJAMOS MERECEDORES DE RECEBER AS BENÇÃOS AOS OLHOS DE OLODUMÁRE, QUANDO O MENSAGEIRO LÁ ENTREGAR ,NOSSOS PEDIDOS, DESEJOS E AGRADECIMENTOS.

ASÉ IRE...OOOO!.                                                                                                                                                                                                                                           

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